Como partículas se chocando no centro de um átomo para
criar uma aniquiladora explosão atômica, variantes do metal e do rock'n'roll
colidiram entre si para a eclosão da NuclewaR,
banda gerada no movimento thrash de Bragança
Paulista, São Paulo, compondo uma sonoridade discrepante e apresentando performances
incandescentes em festivais de grande relevância do interior paulista. Com pouco
mais de um ano de formação, o quarteto de músicos juvenis sobressaiu-se
rapidamente na região e agora prepara-se para as gravações de um EP.
Nuclear
Winter
Os planos de fundar uma banda vinham amadurecendo há tempos
na mente do baterista Matheus Cesila, tomando forma assim que conheceu o
guitarrista Éttore Tú no final de 2013, durante um evento da cena local. Éttore
estava igualmente interessado em ingressar numa proposta direcionada ao metal, convidando João
Gabriel para fortalecer o arsenal de guitarras do projeto, amigo com o qual
mantinha uma parceria focada no punk
rock.
Antes de reunir os dois guitarristas, Matheus e o baixista Gabriel
Fidelis, membro do power metal
autoral Divine Judgement, conduziam a
“Bleeding to Death”, um esboço de
banda que não chegou a vingar. Fidelis foi imediatamente incorporado ao empreendimento
nascente e, possuidor de um robusto timbre de voz, logo assumiu o lugar do
vocalista inicial, Matheus Leme, quando este deixou o grupo.
A princípio batizada de Nuclear
Winter, fez a primeira aparição no Abrigo Atômico 14, dividindo o palco com
Attack Force, Kollision, Holder of Souls
e outros grupos de Atibaia e circunvizinhança, gravando o single estreante “Human Oppresion” na mesma época. Conflitando com os direitos autorais de uma
banda da Alemanha, os membros tiveram que procurar um outro nome e terminaram
por aceitar a sugestão de Alexandre Cesila, pai
de Matheus
e grande incentivador dos jovens músicos, renomeando definitivamente a formação
como NuclewaR.
Festivais
Obtendo uma reputação primorosa no Abrigo Atômico, NuclewaR
conquistou os jurados do Fest Rock de Pedra Bela, alcançando uma notória classificação no acirrado festival de 2014.
Outro evento decisivo para a carreira de Matheus, Fidelis, Éttore e João foi o
Grito Rock 2014, em Bragança Paulista, ocasião em que abriram para Blaze Bayley, cantor inglês de heavy metal que se tornou a voz da Iron Maiden nos anos de ausência de Bruce Dickinson, atuando no álbum “The X Factor” e assinando a música “Man on the Edge”.
Metal revitalizado
Influenciada essencialmente por Metallica – Creeping Death
foi o primeiro cover definido – a musicalidade
abrangente da Nuclewar originou-se
das distintas preferências sonoras de seus integrantes. Matheus tomou como
referência o estilo de percussão da Sepultura,
regido por Eloy Casagrande; Éttore introduziu o hardcore e groove metal
de bandas como Pantera e Lamb of God; João Gabriel, ouvinte de Iron Maiden e Project46, trouxe elementos ecléticos às guitarras, sempre
orbitando o thrash tradicional de Fidelis,
proveniente de Slayer, Megadeth, Sodom, Destruction e
demais ícones do gênero, inspirações definitivas do futuro EP da banda.
Depoimento
“A banda teve um bom
crescimento com novas composições e uma união muito forte entre nós
integrantes, e claro, com amigos nos apoiando! Como o Vinnie (vocalista da Road N Rash) que está sempre em nossos
shows, Alexandre e Suzana Cesila (pais do Matheus), Malena (mãe do João
Gabriel), que nos acompanham desde o início da banda, nosso amigo Mike (vocalista
da Kollision) que nos deu
oportunidades de shows, e muitos outros, dando mais incentivo e força de
vontade para continuarmos com nossas composições e muitos shows que estão por
vir” (Matheus
Cesila).