quarta-feira, 10 de junho de 2015

NuclewaR - Uma Nova Geração de Headbangers


Como partículas se chocando no centro de um átomo para criar uma aniquiladora explosão atômica, variantes do metal e do rock'n'roll colidiram entre si para a eclosão da NuclewaR, banda gerada no movimento thrash de Bragança Paulista, São Paulo, compondo uma sonoridade discrepante e apresentando performances incandescentes em festivais de grande relevância do interior paulista. Com pouco mais de um ano de formação, o quarteto de músicos juvenis sobressaiu-se rapidamente na região e agora prepara-se para as gravações de um EP.

Nuclear Winter

Os planos de fundar uma banda vinham amadurecendo há tempos na mente do baterista Matheus Cesila, tomando forma assim que conheceu o guitarrista Éttore Tú no final de 2013, durante um evento da cena local. Éttore estava igualmente interessado em ingressar numa proposta direcionada ao metal, convidando João Gabriel para fortalecer o arsenal de guitarras do projeto, amigo com o qual mantinha uma parceria focada no punk rock.

Antes de reunir os dois guitarristas, Matheus e o baixista Gabriel Fidelis, membro do power metal autoral Divine Judgement, conduziam a “Bleeding to Death”, um esboço de banda que não chegou a vingar. Fidelis foi imediatamente incorporado ao empreendimento nascente e, possuidor de um robusto timbre de voz, logo assumiu o lugar do vocalista inicial, Matheus Leme, quando este deixou o grupo.

A princípio batizada de Nuclear Winter, fez a primeira aparição no Abrigo Atômico 14, dividindo o palco com Attack Force, Kollision, Holder of Souls e outros grupos de Atibaia e circunvizinhança, gravando o single estreante “Human Oppresion” na mesma época. Conflitando com os direitos autorais de uma banda da Alemanha, os membros tiveram que procurar um outro nome e terminaram por aceitar a sugestão de Alexandre Cesila, pai de Matheus e grande incentivador dos jovens músicos, renomeando definitivamente a formação como NuclewaR.


Festivais

Obtendo uma reputação primorosa no Abrigo Atômico, NuclewaR conquistou os jurados do Fest Rock de Pedra Bela, alcançando uma notória classificação no acirrado festival de 2014. Outro evento decisivo para a carreira de Matheus, Fidelis, Éttore e João foi o Grito Rock 2014, em Bragança Paulista, ocasião em que abriram para Blaze Bayley, cantor inglês de heavy metal que se tornou a voz da Iron Maiden nos anos de ausência de Bruce Dickinson, atuando no álbum “The X Factor” e assinando a música “Man on the Edge”.

Metal revitalizado

Influenciada essencialmente por MetallicaCreeping Death foi o primeiro cover definido – a musicalidade abrangente da Nuclewar originou-se das distintas preferências sonoras de seus integrantes. Matheus tomou como referência o estilo de percussão da Sepultura, regido por Eloy Casagrande; Éttore introduziu o hardcore e groove metal de bandas como Pantera e Lamb of God; João Gabriel, ouvinte de Iron Maiden e Project46, trouxe elementos ecléticos às guitarras, sempre orbitando o thrash tradicional de Fidelis, proveniente de Slayer, Megadeth, Sodom, Destruction e demais ícones do gênero, inspirações definitivas do futuro EP da banda.

Depoimento

“A banda teve um bom crescimento com novas composições e uma união muito forte entre nós integrantes, e claro, com amigos nos apoiando! Como o Vinnie (vocalista da Road N Rash) que está sempre em nossos shows, Alexandre e Suzana Cesila (pais do Matheus), Malena (mãe do João Gabriel), que nos acompanham desde o início da banda, nosso amigo Mike (vocalista da Kollision) que nos deu oportunidades de shows, e muitos outros, dando mais incentivo e força de vontade para continuarmos com nossas composições e muitos shows que estão por vir” (Matheus Cesila).

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Kollision - A Invenção do Videogame Metal


Um cogumelo mutante parasita contaminou grande parte da população mundial e provocou o colapso da humanidade, transformando os hospedeiros em monstros canibais, vorazes pela aniquilação dos humanos sobreviventes. O cenário é de uma civilização em ruínas, uma sociedade abandonada pelo governo e pelas forças armadas ao léu do apocalipse.

Esta é a horrorizante história narrada na música We Are The Last of Us, da Kollision, baseada em um popular jogo eletrônico da Naughty Dog. Apesar das influências do thrash metal, a banda esquiva-se dos temas frequentes do gênero e compõe letras inspiradas no fantástico mundo dos videogames, apresentando referências a Resident Evil, The Last of Us, Shadow of the Colossus e The Elder Scrolls V: Skyrim em suas canções.

  
Jardim Elétrico

Amigos de infância, Mike Martelli (vocal / baixo) e os irmãos Leo Perrucci (guitarra) e Rafael Perrucci (bateria) trombaram-se no Jardim Elétrico, célebre escola de música sediada em Bragança Paulista, São Paulo, reconhecida por incentivar a formação de novas bandas e estimular a criação autoral de seus aprendizes: nas dependências dessa academia de compositores surgiu espécimes exóticos da cena independente como Framboesas Radioativas e Ranho. Posteriormente, Minoru Yokota (guitarra) entrou para a recente banda de Mike, Leo e Rafael, agenciado por seu irmão Caio Yokota que procurou os membros e enfatizou as qualidades instrumentais de Minoru.

Festivais

Em cinco anos de bem aproveitada existência, a Kollision participou de festivais prestigiados na região, a exemplo do socorrense Rock in Help Festival, elegida a banda anfitriã em 2015, e do Maio Cultural 2014, realizando a abertura para o Conquest For Death no Ciles do Lavapés, em Bragança. Também tocou na 14º edição do Abrigo Atômico, aclamado metal fest de Atibaia, além de ser atração recorrente no Anime Nipo, evento destinado aos fãs de animação japonesa e mangá que acontece anualmente na Associação Nipo-Brasileira bragantina.


 

The Stage of Death

Kollision aproxima-se de lançar o primeiro álbum, intitulado “The Stage of Death”, anunciado para 06/julho e atualmente em fase de finalização no Diehouse Musical Studio, conceituado selo da indústria fonográfica regional. Berço do disco estreante da Vanilla Motel, hoje o estúdio cuida dos processos de gravação, mixagem e masterização de bandas como SilentCell, Enemies of Reality, Holder of Souls e a ascendente Nuclewar.

O título do álbum “The Stage of Death”, que também nomeia uma das 9 faixas da obra, pode ser traduzido tanto como “o palco da morte”, referindo-se à brutalidade sonora característica do thrash, quanto “a fase da morte”, aludindo à presença constante dos videogames nas composições. A música Hiroshima, retratando o bombardeio nuclear norte-americano que devastou duas capitais superpopulosas do Japão no terrível clímax da Segunda Guerra Mundial, é uma velha conhecida dos fãs que também integrará o CD.